quarta-feira, 25 de maio de 2011

Jayme Matarazzo: "Sou príncipe só ali no estúdio"




Para seu terceiro papel na TV, o do príncipe Felipe, em Cordel Encantado, Jayme Matarazzo, 25 anos, fez uma preparação intensa, com aulas de etiqueta, moda, postura, montaria e valsa. Porém, ainda que se destaquem pontos em comum, como paixão, educação e pureza, a nobreza, segundo ele, fica para o personagem. “Sou príncipe só ali no estúdio, na minha vida continuo igual”, afirmou o ator à repórter Ana Paula Bazolli, ao responder às perguntas dos leitores enviadas ao site de QUEM. Franco e, de fato, gentil, Jayminho, como os amigos o chamam, garante não se enxergar como o filho do diretor Jayme Monjardim, tampouco destaca facilidades pelo mesmo fato: “Os meus méritos e o meu caminho têm sido ditados por mim”.

1- Você se acha um príncipe na vida real? Tem alguma semelhança com o Felipe?

Sou príncipe só ali no estúdio, na minha vida continuo igual. Sempre fui educado e minha mãe (a produtora Fernanda Lauer) tem mérito total, pois é uma pessoa iluminada e educada. Acho difícil buscar a semelhança entre a pessoa e o personagem. Acho que somos parecidos em pureza, nobreza, educação... Somos caras apaixonados.

2 - Como foi sua preparação para viver o príncipe Felipe?

Estudei muito sobre o cangaço e o sertão brasileiro, quis entender mais sobre a história de cordel. Tive aulas de postura, montaria, moda, etiqueta e valsa.


3 - Ser filho de diretor ajuda ou atrapalha?

Não me enxergo como o filho do diretor. Eu me vejo como o filho de um grande homem, como pai, pessoa e diretor. Os meus méritos e o meu caminho têm sido ditados por mim. O que me ajuda é ter um pai diretor muito bonito e ter em casa alguém para eu me espelhar como profissional.

4 - Prefere que notem sua presença ou que sintam sua ausência?

Prefiro observar mais do que ser observado, sempre. Prefiro não aparecer, ser observado ainda me incomoda. Mas estamos o tempo todo aprendendo e, se a gente se priva atrás de um carro blindado, acaba sendo mais observado.

5 - Bateu muita insegurança quando decidiu ser ator?
Bateu empolgação em me aventurar em uma coisa nova, muito mais do que insegurança. Até porque tive muita sorte de ter receptividade de todas as equipes que estiveram a meu lado. A insegurança acaba no primeiro dia de gravação, o que bate é uma adrenalina gostosa por estar explorando uma coisa nova. Eu me emociono com todos os meus personagens e torço por eles.

6 - Você acha que se desenvolve melhor na frente ou atrás das câmeras?

Faço uma coisa por vez, senão tropeço nas próprias pernas. Hoje, tenho muita vontade de estudar interpretação, estou dedicado a isso, mas acho que, por uma coincidência linda da vida, estou em uma profissão que me ensina muito para outra. Me colocar à frente das câmeras tem sido um aprendizado para que eu possa dirigir. Tenho aprendido muito como diretor. Vou deixar a vida rolar, ela tem sido tão legal comigo!


7 - Você faz algum tipo de trabalho comunitário?

Tenho muita vontade e quero participar cada vez mais. Como artista, sei da minha obrigação em relação à sociedade. Desejo modificar um pouquinho ou somar na melhoria de nosso país. Gostaria de ser o tipo de pessoa que é referência do bem. Tenho vontade de criar um projeto para crianças.

8 - Como está sendo o assédio das fãs? Você está solteiro?

Com o outro personagem (Daniel, de Escrito nas Estrelas, que virou uma espécie de anjo depois de morto), a piadinha era: “Para ficar com você, eu até morreria”. Busco ficar o maior tempo em casa, então, sou pouco assediado e tenho pouco contato com o público, mas as pessoas são muito bonitinhas comigo. Sobre estar solteiro, esta vai ser a única resposta que as pessoas nunca vão ouvir da minha boca. Sou artista, mas não pedi para ser celebridade. Quero que o povo ache que meu trabalho está bom ou ruim e não que saiba se estou namorando ou não.

9 - Você se considera um galã?

Eu me considero um cara muito dedicado. Faço questão de ser bonito por dentro. Quanto à beleza exterior, nasci assim. Tem gente que gosta, tem gente que não.

10 - O que deseja daqui para a frente em sua carreira?

Continuar trabalhando com pessoas com tantas histórias, essa é minha maior escola. Transformo meu dia a dia no trabalho na minha grande faculdade. Não consigo pensar em outra coisa agora.

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